segunda-feira, 8 de junho de 2009

Rock também é pra dançar


Durante muito tempo, talvez até hoje em dia mesmo, o rock foi (ou é) considerado como um tipo de música subversiva. Esse gênero musical surgiu por volta dos anos 60, fundamentado no rock and roll e no rockabilly do final dos anos 40, que por sua vez evoluiram do blues, da música country, e do rhythm and blues, do folk, do gospel, do jazz e da música clássica. O fato é que, com tantas influências, o resultado dessa mistura foi uma música dançante e fácil de assimilar (traduzindo: chicletenta). Foi uma febre! Os jovens adoraram (e seus pais odiaram). E o que fez com que esse gênero musical atraisse tanto a atenção das pessoas? A simplicidade de acordes (eram apenas três), aliada à letras de cunho pessoal ou político tornaram inevitável a identificação dos jovens daquela época. A subversão começou ainda em sua origem, pois a influência da música negra fez com que ela fosse negada pelos brancos (um motivo a mais pra sua não aceitação por parte das famílias brancas americanas).

Existem várias tendências derivadas do rock puro, mas não vou tecer comentários sobre elas, ou eu passaria décadas falando de sua evolução musical. Mas é preciso pelo menos lembrar da decada de 80, e o movimento pós-punk, ou os anos 90, palco de bandas polêmicas, cheias de atitude antes, durante e após os shows.

Por vezes decretaram a morte do rock, cada vez que um grande cantor ou uma grande banda chegaram ao seu fim. Mas o rock se renova a cada geração, se adaptando ao contexto em que seus adeptos vivem, e diante de tanta flexibilidade já não se sabe o que é rock, o que é pop, e o que é a ausência dos dois (mais ainda é bastante clara a sua diferença de outros gêneros de origens diferentes - como o samba, opa! Já existe o samba-rock! Retiro o que disse...)

Em resposta à pergunta feita no blog Aeropsicodélico, o rock passou a ser música pra ouvir, dançar, protestar, expressar opiniões, falar de amor, reclamar de ausências, entre outros assuntos, compondo a trilha sonora de diversas gerações até os dias de hoje (inclusive a minha).


recomendo a leitura deste post ao som de Beatles, R.E.M., Strokes, Radiohead, ... e tantos outros que o espaço não comporta

9 comentários:

Claudio Ferro disse...

Que aula, fessora!

valdir disse...

Tenho alguns amigos "puristas", rock pra eles só se for aqueles lá da decada de 60, led zeppelin e por aí vai. Esse teu post me fez reforçar a idéia contrária, do quanto o rock é versátil, mutante, adaptável e sempre presente, mesmo que ora nas sombras, ora sob os holofotes. Até o Punk - talvez o que mais sofreu da década de 80 pra cá - tá aí, servindo de escape para muita rebeldia, porta-voz de quem questiona o "sistema" ou quer simplesmente curtir. O Rock não morreu, looonge disso.

Claudio Ferro disse...

O punk não foi quem mais sofreu da década de 80 pra cá... foi quem mais "bateu" da década de 80 pra cá.

valdir disse...

hahahahha por esse lado foi sim :D

mas o punk especificamente caiu muito, se misturou com emocore, enfim. Tirando algumas bandas de garagem que ainda persistem, o punk foi o que mais se deteriorou na minha visão.

Ana Kelen disse...

hahahahhaha
vocês são demais!

Claudio Ferro disse...

Valdir
Preciso admitir que me equivoquei no primeiro comentário sobre o punk. Realmente preciso concordar com você em que o punk mais apanhou mesmo. E, sim, ele caiu muito também. Tem o emocore mesmo que os sensíveis de anel no dedo dizem que é punk. Atrelado a isso tem umas coisas lesas do tipo Offspring, Green Day, Rancid, Blink 182, que dizem que são punk.

Quem cresceu ouvindo os discos da Xuxa até que acredita... Mas eu que ouvi Never Mind The Bollocks, Rocket to Russia, e tenho London Calling em casa digo: Blasfêmia! Blasfêmia!

Saudações, meu caro

Mary Holffbach disse...

Hahahuahuashuahsuahshahs

Ana Kelen disse...

Green Day???

Claudio Ferro disse...

Oh, pequena brilhante! Não se iluda... Por mais que digam que American Idiot é um álbum politizado, o Green Day jamais será um Dead Kennedys. Assim como o Libertines nunca foi um Clash.