Parece que foi ontem. Parece que acabou de acontecer. E eu só queria que Dezembro chegasse... É como se isso bastasse pra que as certezas se chegassem a mim. Mas ainda vai demorar. Falta tanto... o relógio marca 00:14. O que é o tempo? Um jeito de medir quanto falta pra daqui a pouco, o instante agora que já não é, já foi, já passou. As horas passam em uma realidade outra, um universo paralelo, como o de Dalí, com relógios toscos, torpes, tênues... como se o surrealismo fosse a forma mais concreta de perceber o mundo ao meu redor. A necessidade de que o tempo passe se confunde com a certeza de que só isso não é a solução. Então eu sigo sem saber se adiantar os ponteiros do relógio vai me ajudar em alguma coisa. Parece que congelaram o tempo. Nada muda, nada evolui.
"Ó Deus do tempo, dá-me luz!"
Já não bastasse a angústia da inércia do tempo, a escuridão teima em chegar. "A noite é mais escura antes do amanhecer."
O telefone toca... não é ninguém.
"O mar escuro trará o medo..."
O telefone toca... não é ninguém de novo.
00:32
Tão estranho...
"Ó Deus do tempo, dá-me luz!"
Já não bastasse a angústia da inércia do tempo, a escuridão teima em chegar. "A noite é mais escura antes do amanhecer."
O telefone toca... não é ninguém.
"O mar escuro trará o medo..."
O telefone toca... não é ninguém de novo.
00:32
Tão estranho...
4 comentários:
Olha que pode ser eu no telefone...
hahahhahaha
vc teria falado comigo, não?
Talvez sim... Talvez não...
Quer saber? Nunca saberemos... rss
Tão misterioso o rapaz...
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